Thursday, March 31, 2011

Revista Info (fev/2011): Quando Bits viram Mísseis



[ Update 31/03/2011 ]

O artigo sobre CyberWar "Quandos Bits viram Mísseis", de Maurício Moraes - que foi publicado na revista INFO Exame e no qual contribuímos - finalmente está online no site da INFO:

http://info.abril.com.br/noticias/seguranca/quando-bits-viram-misseis-28032011-7.shl

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Segue transcrição abaixo:

Países preparam-se para a guerra cibernética, em que ataques são lançados por crackers, como os que defenderam o WikiLeaks.

Em 2010, a guerra mudou. Milhares de pessoas poderiam ter morrido em ataques aéreos e terrestres se um grupo de países liderado pelos Estados Unidos tivesse invadido o Irã. Havia o temor de que o programa nuclear defendido pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad servisse de fachada para o desenvolvimento de uma bomba atômica. Em vez de bombardear importantes centros de pesquisa como a usina de Natanz, usou-se um vírus para contaminar equipamentos. O Stuxnet dominou controladores eletrônicos da Siemens e danificou fisicamente parte das centrífugas de enriquecimento de urânio iranianas.

Foi também no ano passado que os protestos digitais ganharam características semelhantes às de uma guerrilha. Em vez de optar pelo pacifismo dos abaixo- assinados virtuais, internautas se mobilizaram para tirar do ar sites de cinco empresas. O grupo Anônimos coordenou uma ação em escala inédita, com a justificativa de defender a liberdade de expressão. Seus integrantes lançaram ataques de negação de serviço contra Amazon, PayPal, Visa, Mastercard e o banco suíço PostFinance. As companhias sofreram represália por terem negado hospedagem, bloqueado recursos financeiros ou vetado doações para o WikiLeaks, o serviço responsável pelo vazamento de mais de 250 000 documentos diplomáticos americanos. O site do WikiLeaks também acabou sendo derrubado por um ataque de origem desconhecida, mas os ativistas do Anônimos conseguiram colocá-lo no ar novamente e espelhá-lo centenas de vezes pela web.

A escalada de ações violentas nos meios digitais marca o início da guerra cibernética ou ciberguerra. Tanto os criadores do Stuxnet como os integrantes do grupo Anônimos foram bem-sucedidos. Além de terem provocado danos significativos, conseguiram manter sua identidade sob sigilo e seus alvos não tiveram como se defender. O Stuxnet foi mais eficiente do que uma mobilização militar tradicional e os ataques do Anônimos tiveram mais resultado do que um protesto online. Ações semelhantes têm ocorrido desde os anos 90, mas, em 2010, a frequência aumentou e o grau de sofisticação, também.

Batalhas pela web

As operações militares não estão sendo deixadas de lado. Os meios digitais e a web é que passaram a integrar o campo de batalha. "Ainda não estamos no meio de uma guerra cibernética global, mas percebemos uma capacidade crescente de criar ações violentas com potencial cada vez mais destrutivo", afirma James Hendler, professor do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, e excientista- chefe da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa do Pentágono (Darpa). "Tenho esperança de que isso será contido. Mas tenho medo de não conseguirmos."

O tema é controverso. Para alguns especialistas, a guerra cibernética já ocorre em escala global, de forma pouco visível. Tentativas de invasão de sistemas estratégicos são cada vez mais comuns, e suspeita-se que os responsáveis trabalhem para países adversários. "O ciberespaço é disputado todo dia, toda hora, todo minuto, todo segundo", disse o inglês Iain Lobban, diretor do Quartel- General de Comunicações do Governo (GCHQ), uma agência de inteligência britânica, durante uma palestra em outubro. Muitos dos crackers por trás dessas ações buscam dados confidenciais.

Há também quem defenda que a ciberguerra não ocorre a todo momento, mas em situações pontuais. O conflito virtual entre Rússia e Estônia, em 2007, é classificado como a primeira guerra cibernética. "Ataques coordenados tiveram como alvo órgãos do governo, atingindo a infraestrutura de rede, serviços públicos e instituições", diz o estoniano Linnar Viik, do Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia. Tudo começou por causa da mudança de lugar de um monumento, o Soldado de Bronze de Tallinn. A estátua homenageia soldados soviéticos mortos na Segunda Guerra Mundial.

De acordo com Viik, os ataques à Estônia dispararam um alerta para governos e organizações militares ao redor do planeta. "Todos passaram a reconsiderar a importância da segurança das redes para a doutrina militar moderna", afirma. A partir daí, outros confrontos ocorreram. Em setembro de 2007, por exemplo, Israel lançou um ataque aéreo contra a Síria. Estranhamente, os aviões israelenses não foram detectados pelos radares. Suspeita-se que um programa de computador tenha ajudado a ocultar as aeronaves, mas nada ficou comprovado. "A maior diferença entre a guerra física e a cibernética é que, no mundo real, conseguimos dizer quem foi o autor de um ataque", diz o professor Hendler.

Inimigos invisíveis

Descobrir o responsável por uma ação cibernética de guerra é muito complicado. "Pelo objetivo, você pode tentar deduzir quem seria o atacante", diz Sandro Süffert, diretor de tecnologia da Techbiz Forense Digital, empresa especializada em cibersegurança. "Mas em uma guerra cibernética, um país pode até se passar por outro." No mínimo 20 perguntas devem ser respondidas por quem procura definir a identidade de um agressor online. Um acordo internacional poderia criar uma metodologia padronizada.

Embora a ameaça seja real, poucos começaram a se preparar para a ciberguerra. Nos Estados Unidos, começou a funcionar, em maio, uma divisão das Forças Armadas dedicada a esses confrontos, o USCYBERCOM. Entre os países que adotaram ações parecidas ou que planejam criar áreas especializadas estão Inglaterra, Alemanha, China, Israel, Rússia, Índia, Coreia do Norte e Irã. Muitos foram alvo de crackers ou são suspeitos de ter feito ataques.

No Brasil, o Exército criou, em fevereiro de 2009, o Centro de Comunicações e Guerra Eletrônica (CCOMGEX) e, em agosto de 2010, o Centro de Defesa Cibernética do Exército (CDCiber). Dentro de alguns meses, um grupo de três a dez militares receberá um treinamento de uma semana em Bilbao, na Espanha, nos laboratórios da Panda Security. "Serão apresentados as ameaças que existem, como funcionam, de onde partem e o modo como são construídas. Também mostraremos nossas ferramentas forenses não-comercializadas", afirma Eduardo D’Antona, diretor corporativo e de TI da Panda Security Brasil.

O Exército evita dar detalhes sobre suas ações contra ciberguerra por motivo de segurança. A experiência com a Panda é apenas uma dentre várias medidas. "Iniciativas semelhantes estão sendo empreendidas com uma empresa nacional, cujo nome preferimos não divulgar", diz o general Antonino dos Santos Guerra Neto, comandante do CCOMGEX. De acordo com o Núcleo do Centro de Defesa Cibernética do Exército, os sistemas de detecção de incidentes de rede indicam aumento na quantidade de ataques cibernéticos e na sofisticação.

Alvos civis

As tentativas de invasão miram também os computadores do governo federal e de empresas estatais. Nesse caso, a responsabilidade de prevenir ataques recai sobre o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI). O órgão procura identificar e eliminar vulnerabilidades nas redes. Isso é feito por meio de cursos de capacitação, análise de incidentes e acordos internacionais. No fim do ano passado, Brasil e Rússia assinaram um acordo de cooperação e proteção mútua.

Hoje, existem 320 redes no governo brasileiro. "Em 2009, sofremos 2 100 ataques por hora. Isso representa apenas 1% dos incidentes, mas é o que me preocupa", diz Raphael Mandarino, diretor do Departamento de Segurança da Informação e Comunicações do GSI. As tentativas de invasão buscam obter informações estratégicas ou sobre autoridades. O órgão chega a analisar 200 malwares por mês que não são detectados por antivírus. A equipe chegou a estudar trechos do código do Stuxnet. "É muito benfeito. Não é coisa de garoto de faculdade", afirma Mandarino.

O jornal The New York Times afirma que o Stuxnet foi criado por uma operação conjunta entre Estados Unidos e Israel, com a ajuda de ingleses, alemães e da Siemens. O vírus teria sido testado em Israel, no complexo de Dimona — um centro militar ultrassecreto. Ainda não se conhece todo o dano que ele é capaz de causar. No Irã, a contaminação teria ocorrido por meio de um pen drive. O Stuxnet abriu caminho para outras armas digitais e, em um cenário pessimista de guerra cibernética global, a internet corre perigo. "Muitos de nós têm defendido a criação de uma ciência sobre a web, e esse é um dos motivos para isso. Não sabemos o que pode acontecer", diz o professor James Hendler.

A Guerra Cibernética no mundo

Ataques têm ocorrido com frequência cada vez maior no ciberespaço. Veja quem está tentando provocar danos ou se defender.

Estados Unidos
Criou uma divisão contra ataques cibernéticos, o USCYBERCOM. Também é suspeito de ter ajudado a criar a mais avançada arma digital, o vírus Stuxnet, no ano passado

Brasil
Mantém setores no Exército e no governo federal para lidar com ataques pela web, que podem tanto comprometer a segurança nacional como obter dados sigilosos

Alemanha e Reino Unido
O Reino Unido pôs a ciberguerra na lista das suas prioridades de defesa em 2010. A Alemanha planeja abrir um novo centro de defesa contra ataques virtuais este ano

Suécia, Estônia e Suíça
Em maio, Estônia e Suécia fi zeram um exercício de ciberguerra. Em dezembro, a Suíça foi chamada pela Estônia para colaborar em um centro de ciberdefesa

Rússia
Crackers a serviço do país teriam atacado a Estônia, em 2007, e a Geórgia, em 2008. No segundo caso, os ataques precederam em três dias uma invasão militar na Ossétia do Sul

Coreia do Norte
Suspeita-se que tenha coordenado, em julho de 2009, vários ataques contra sites do governo, de instituições financeiras e da mídia nos Estados Unidos e na Coreia do Sul

Israel
Teria usado um vírus para cegar radares em um ataque aéreo na Síria, em 2007. Pode ter criado o Stuxnet com os Estados Unidos para destruir o programa nuclear do Irã

Índia e Paquistão
O grupo Indian Cyber Army atacou mais de 30 sites do governo paquistanês em dezembro. Em resposta, o Pakistan Cyber Army derrubou mais de 270 páginas indianas

China
Crackers do país são acusados de lançar ataques sistemáticos contra governos e empresas em todo o mundo. Em 2009, chegaram até a roubar informações do Google

[ Post Original - 09/02/11 ]

A Revista INFO deste mês traz uma reportagem de 5 páginas sobre CyberWar entitulada "Quando Bits viram Mísseis - Países se preparam para a guerra cibernética" (pág. 60), escrita por Maurício Moraes. No início do ano, tive a oportunidade de conversar sobre o assunto com o jornalista. Fui citado na matéria e repassei parte das informações publicadas.

Sabemos que o assunto "CyberWar" e terminologias relacionadas são controversos e alvos de discussões acaloradas por parte da comunidade de Segurança e Defesa. Dito isto, acredito que o tema foi bem abordado pela reportagem, que traz várias informações valiosas a respeito de atividades de CyberWar e CyberWarfare ao redor do mundo (em um belo infográfico), além de dados sobre o StuxNet, Wikileaks, e desenvolvimento de ações de defesa do domínio cibernético no Brasil e no mundo.

Além da edição impressa, o site da revista costuma liberar as edições anteriores depois de um ou dois meses de publicação - assim que esta edição estiver disponível, atualizarei o post.


Wednesday, March 16, 2011

90.000 page-views!

Mais uma vez obrigado a todos! Chegamos a 90 mil page-views. O blog está com uma média de 1500 a 3000 page-views semanais. Sabemos que mais importante que o volume é a qualidade da audiência, o que é demonstrado pela valiosa contribuição nos mais de 500 comentários (!) já publicados por aqui..


Como fizemos na comemoração dos 10203040506070 e 80 mil - segue a listagem completa - 200 posts - que já foram publicados:

Thursday, March 10, 2011

10 Curtas de Carnaval

  • A proteção e monitoração de redes privadas que estejam de alguma forma relacionadas à infra-estrutura crítica é uma realidade cada vez mais comum em diferentes países. A Inglaterra recentemente anunciou esta iniciativa e os Estados Unidos já se preparam para isto há anos.
  • A Verifone (líder em sistemas de pagamentos móveis) contra-ataca o crescimento do Square, o leitor de cartōes para iPhone - mostrando suas vulnerabilidades!


Wednesday, March 2, 2011

Firmware de Discos de Estado Sólido destrói evidências digitais

Um paper publicado pelos australianos Graeme B. Bell e Richard Boddington no "Journal of Digital Forensics, Security and Law", entitulado "Solid State Drives: The Beginning of the End for Current Practice in Digital Forensic Recovery?" está trazendo mais luz para a necessidade de atualizar a tecnologia (e os procedimentos) no que diz respeito a análise de discos SSD.

Os autores citam a mudança de paradigma necessária na área de Forense Computacional, diante das mudanças introduzidas por versões modernas de Discos de Estado Sólido (SSD) - alguns aspectos que são impactados são os processos de aquisição e verificação de integridade, e a recuperação de dados deletados.

O problema: os firmwares de discos SSD tem a capacidade de destruir evidência sem nenhuma instrução ou interferência do computador a que estão conectados. Mesmo utilizando bloqueadores de escrita que impedem a alteração de dados em discos rígidos tradicionais, os pesquisadores constataram que em poucos minutos o firmware de certos discos de estado sólido já altera o conteúdo (do espaço "não alocado" gravado nele).

O maior impacto desta realidade: A probabilidade de alteração dos dados originais de forma repentina - mesmo quando as melhores práticas para obtenção de evidências é aplicada - pode tornar a prova inadmissível durante o processo - considerando as melhores práticas atuais (os hashes do disco original e da imagem não irão bater).

O culpado: um algorítimo 'garbage collector' do firmware do disco SSD que por motivios de performance procura resetar os blocos que não estão em uso. Isto pode interferir no estado dos dados poucos minutos depois de ser ligado para análise, ou até mesmo durante uma duplicação forense. Os resultados apresentados interferem também na interpretação de que se o dado não existe na "superfície" do disco, é porque ele nunca esteve lá.

Na conferência Usenix deste ano, pesquisadores da Universidade da Califórnia já tinham apresentado achados interessantes a respeito da ineficiente dos métodos tradicionais de wipe para discos SSD: Reliably Erasing Data From Flash-Based Solid State Drives

Será interessante acompanhar a evolução destas descobertas. Enquanto isto, as recomendações feitas pelos autores australianos no paper não são muito animadoras.

Possivelmente novas práticas e metodologias irão surgir para validar o máximo possível de informações retiradas deste tipo de dispositivos - mas enquanto não surgem, informemo-nos:

1. Solid-state drives of all types and data stored on such drives should be immediately and henceforth considered to be a 'grey area' as far as forensic recovery and legal validation are concerned until extensive studies have been made of drive and data behaviour.

2. Processes that are corrosive/erasive towards data marked for deletion may take place extremely suddenly, extremely quickly and completely automatically without human awareness or control.

3. Present-day evidence indicating 'no data' does not authoritatively prove that data did not exist at the time of capture.

4. Evidence of deleted data being permanently erased or partially corrupted is not evidence of intentional permanent erasure or corruption.

5. Cases where disk image checksums do not match at the end of the process of forensic analysis should be considered carefully to establish if the original or subsequent images could have been taken during or after a garbage collection process.

6. Past metadata and data blocks may be deleted without warning and without the opportunity to realise that they had existed at time of capture.

7. Garbage collection can occur either following file deletion or following (quick/full) formatting of a disk. ‘Quick’ formatting is therefore no longer necessarily distinct from ‘full’ formatting.

8. Formatting of disks is a normal and reasonable activity that an innocent person might choose to do e.g. to improve the performance of an SSD drive, to tidy up the disk etc. yet may completely eradicate evidence from a disk. Such eradication of evidence may occur within minutes.

9. We cannot guarantee previously deleted file data to be preserved on an SSD, regardless of whether the drive image was taken during a 'live' capture of evidence or following a 'dead' capture of evidence.

10. Drives can clearly self-modify their data after physical evidence has been gathered, despite best practice efforts by forensic analysts to prevent such behaviour using traditionally effective means such as write-blockers.

11. A software or hardware-based write-blocker does not protect against the drive's internal firmware choosing to wipe data from the drive.

12. The speed at which corrosion of digital evidence takes place should be expected to increase even further as garbage collection algorithms become more aggressive in cleaning up, and drives become faster, and more powerful controller chips become available.

13. We feel it would be an unwise investment of time for analysts to try to develop workaround procedures that operate against the drive controller behaviour specifically identified in these experiments. It will not be useful; even now, a new firmware has been released for the drive, and newer models are on the market, whose behaviour cannot be known a priori. SSDs are an exceptionally fast-moving target.

14. We think it would be an unwise investment of time to develop procedures for physical asset capture whereby operators attempt to distinguish SSDs from HDDs. This process is difficult due to the similar physical appearance of the drives and the need to gain access to the computer's internals. Also, each SSD might require unique and perhaps complex treatment to try to prevent the operation of garbage collection. Furthermore, it is futile - the present-day development of hybrid disks that incorporate both HDD and SSD technologies is likely to frustrate completely any effort to distinguish SSDs from HDDs at time of capture.

15. We think it would be unwise to assume that irreversible file erasure suggests intent to destroy evidence in cases where a defendant has quick-formatted a drive prior to police seizure. There are reasonable circumstances (viruses, slow performance, upgrading) that might cause normal and innocent people to quick format their drive without realising that garbage collection would cause the appearance of ‘secure deletion’.

16. Breaking open the drive casing to try and disable/remove the drive controller and prevent a garbage collector from running would probably be a very significant technical challenge, given the extent to which the drive controller is bound to the data via the flash translation layer, and given the wide diversity of drives, controllers and memory that exist.

17. Running a live analysis might allow a running garbage collector to delete data unhindered; running a dead analysis might cause a garbage collector to activate in the forensics lab. There is no simple answer to this problem.

18. It will probably be impossible to legislate against garbage collection.

19. It is possible that the issues found in this paper will later come to affect USB flash drives as well; having invested in technology that makes NAND flash systems run much faster, it would be very peculiar if manufacturers failed to adopt it across their product range. The increasing availability of high-speed interfaces for portable media such as USB3 makes it likely that we will see more of these complex, evidence-corroding drive controllers in portable USB drives in future.

20. The natural state of digital storage is not to ‘preserve deleted data’ as magnetic drives have done for the past few decades. Future physical storage technologies can be expected to purge deleted files to improve read and write speeds, if technology allows such a purge to be performed quickly.

21. It seems very unlikely that international manufacturers can be collectively persuaded to provide a universal mechanism to disable garbage collection; if anything, garbage collection is likely to become even more aggressive. Perhaps the genie is already out of the bottle?

Links para este e outros 9 periódicos estão listados em: http://sseguranca.blogspot.com/2010/10/9-periodicos-de-computacao-forense.html

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